Em sua decisão, juíza afirma que erros de impressão interferem na igualdade de condição entre alunos.
A Justiça Federal do Ceará acatou ontem pedido de liminar do Ministério Público Federal e determinou a suspensão temporária do Enem em todo o país. "Cabe recurso ao Ministério da Educação", afirma a juíza Carla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal.
Ela explicou que concedeu liminar porque entendeu que o Enem não foi realizado com a devida segurança, desde a impressão até sua realização, referindo-se às provas do caderno amarelo, que tiveram erro de impressão, e a troca de cabeçalhos nos cartões de resposta.
"A suspensão é válida até que a Justiça avalie o recurso do MEC ou até que os responsáveis apresentem soluções para estancar as falhas do Enem e deixem todos os candidatos em condição de igualdade, como manda a lei."
Em entrevista ontem à tarde, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que vai recorrer. Na ação, o ministério vai explicar que, mesmo com a eventual realização de novas provas, o MEC tem condições técnicas de garantir a igualdade de condições entre os candidatos. "Nosso método permite que os alunos sejam submetidos a questões de mesmo peso", disse Haddad (leia ao lado). Ele afirmou que, mesmo com a suspensão provisória, o calendário original será mantido. Assim, hoje será divulgado o gabarito oficial das provas.
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