Pelo menos 100 magistrados receberam ameaças de morte ou andam escoltados no Brasil, segundo um relatório oficial divulgado ontem, dois dias depois do assassinato da juíza Patrícia Acioli.
O balanço, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), se baseia em dados dos tribunais regionais e revela que 69 juízes sofreram ameaças, enquanto se considera que outros 13 estão “em situação de risco”.
Além disso, 42 magistrados andam permanentemente escoltados, embora nem todos estejam incluídos na lista de ameaçados, segundo os dados do CNJ. Muitos magistrados se enquadram em duas situações ao mesmo tempo – ameaçados com escolta, ou em situação de risco com escolta, por exemplo. O maior número de ameaças (30) foi registrado no Paraná, seguido por Rio de Janeiro, região que acumula 13 denúncias de ameaças de morte. No Rio Grande do Sul, apenas um juiz está em situação de risco e tem escolta.
Juiza Patricia Acioly foi morta a tiros por 12 homens. |
A juíza Patrícia Acioli, MORTA na última quinta feira, foi atingida por 21 tiros quando estava dentro de seu automóvel, esperando que abrissem a porta da garagem de sua residência. Ela era titular do 4a Vara Criminal de São Gonçalo e havia condenado à prisão policiais militares que faziamparte de grupos de extermínio.
Conforme a Polícia, as armas do crime, de calibre 40 e 45 milímetros, são de uso exclusivo de policiais civis e militares e das Forças Armadas. A Polícia analisa as imagens das câmeras de segurança de Piratininga, em Niterói, onde ocorreu o assassinato, para tentar identificar os criminosos, que fugiram em motocicletas.
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