sábado, 16 de maio de 2009

TASSO COMANDA MANOBRA DA CPI CONTRA A PETROBÁS...

O cochilo do governo, somado à rebelião de aliados, permitiu ontem, ao fechar das luzes, que os senadores do PSDB e seus aliados somados aos “traidores” que se dizem aliados do governo, conseguissem pôr de pé o plano de abrir uma CPI para investigar denúncias de irregularidades na Petrobras. A CPI proposta pelo senador tucano Álvaro Dias (PSDB-PR) contava originalmente com 32 assinaturas, cinco a mais do que o necessário - com menos de 27 uma comissão não pode ser instalada. Dias aproveitou o confronto entre a Petrobras e a Receita Federal para solicitar a apuração da manobra contábil que rendeu à estatal compensação fiscais de R$ 4 bilhões. Surpreendido com a leitura de requerimentos para criação de duas CPIs contra a estatal no Senado, o Palácio do Planalto desencadeou uma operação para retirar as assinaturas e abafar as investigações. À noite, porém, o saldo indicava a derrota do governo, que não conseguiu abortar as CPIs, uma arma perigosa à disposição da oposição num ano pré-eleitoral. Apenas o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e Aldemir Santana (DEM-DF) retiraram o apoio à CPI proposta por Dias. Para barrar as apurações, o Planalto trabalhou para que pelo menos seis senadores - metade deles do DEM - voltassem atrás, mas não obteve sucesso. Na prática, a instalação da CPI só ocorreu após manobra bem-sucedida de quatro senadores tucanos que, diante de um plenário vazio, leram requerimento para sua criação na manhã de ontem. A tática foi deflagrada na noite de quinta-feira, logo após bate-boca entre parlamentares do PSDB e do DEM. Na ocasião, Heráclito Fortes (DEM-PI) e Mão Santa (PMDB-PI) recusaram-se a ler o requerimento e a sessão foi abruptamente encerrada pela petista Serys Sihessarenko (MT). Irritados, Sérgio Guerra (PSDB-PE), presidente da legenda, e Tasso Jereissati (PSDB-CE) deixaram o plenário e já estavam no aeroporto quando foram alcançados pelo líder Arthur Virgilio Neto (AM), que os convenceu a ficar em Brasília.Tasso chegou a emprestar seu avião particular para que Marconi Perillo (PSDB-GO) voltasse às pressas de Goiânia, para presidir a sessão e ler o requerimento. Da base aliada, só João Pedro (PT-AM) apareceu nesta sexta-feira pela manhã no plenário. E Brasília que não trabalha na sexta feira, trabalhou por obra e graça dos três mosqueteiros da Nação, Sergio, Tasso e Artur Virgilio. (Essa informação é da Agencia Estado – Jornal o POVO).