Professores estaduais decidiram pela continuidade das negociações com o Governo do Estado, sem paralisação das aulas, em assembleia no Ginásio Paulo Sarasate. O ginásio estava tomado pelos docentes e o clima ficou tenso, devido à insatisfação de alguns professores que defendiam uma nova paralisação. Grupos de estudantes da rede estadual também acompanharam o movimento.
O professor Reinaldo Mapurunga defendeu o retorno da paralisação, e chamou o sindicato de "pelego". Em sua fala, o presidente da Apeoc, Anísio Melo, posicionou-se favorável à manutenção das negociações.
Após a votação, professores que queriam a volta da greve se revoltaram. O presidente da Apeoc, Anízio Melo, precisou ser escoltado por outros membros do sindicato, porque algumas pessoas queriam agredi-lo.
Dentro do ginásio, houve confronto e quebra-quebra. Um grupo de docentes ainda se dirigiu ao lado de fora do ginásio e tentaram depredar um carro, que pensavam ser de Anízio Melo. Não há informaçao sobre feridos graves.
O presidente da Comissão de Educação da OAB-CE, Edimir Martins, esteve na votação e defendeu que a assembleia deveria ter sido mediada por alguma entidade isenta à questão, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) ou a própria OAB. "O processo não devia ter sido regido pela Apeoc, que é a parte interessada no processo", disse Edimir à rádio O POVO/CBN.
Ainda assim, segundo Edimir, a assembleia deve ser considerada legítima, a menos que alguma entidade queira contestar a votação judicialmente.
Entenda o caso...
A crise entre os professores da rede estadual e o Governo Cid Gomes (PSB) começou em agosto deste ano, quando a categoria deflagrou uma greve que durou 63 dias. No último dia 7 de outubro, os professores decidiram suspender a greve, mas prometeram continuar na luta pelas reivindicações sob ameaça de nova interrupção.
Fonte: O povo