segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DISCUTINDO A SEGURANÇA PUBLICA DO CEARÁ - PARTE II

A sociedade cearense precisa abrir canais para discutir a Segurança Publica do nosso Estado, que talvez enfrente uma das piores crises da sua história. Vamos á discussão da situação do nosso Interior do Ceará- (Parte II).
POLICIA MILITAR Essa vive de aparências. Uma farda nova, de cor renovada, mas com policiais de auto-estima em baixa. Quanto ganha um policial no Ceará? R$ 1.300,00 e mais nada. Não tem planos de saúde, horas extras, é simplesmente o salário e pronto. Apesar de pouco, recebem bem mais que no Rio de Janeiro, onde um policial recebe R$ 800,00 mensais, e talvez seja essa a explicação de tantos policiais envolvidos com o narcotráfico carioca.
A policia Militar do Ceará, vive com carros sucatados, as velhas Paratis, que segundo informações, em breve serão grande parte substituída por RILUX, menos sofisticadas que as do Ronda do Quarteirão. E fico a me perguntar: Se as viaturas Paratis, que as peças são baratas, encontradas até em bodegas, deixam virar sucatas por falta de recursos para recuperá-las, o que acontecerá com as caras RILUX, daqui a pouco mais de dois anos? Pois é, o negócio é sério. O PREPARO - Tomei conhecimento que tem policial que nunca atirou com o revolver que utilizar para trabalhar, e já são mais de 16 anos na corporação. Não existe preparo dentro da Policia Militar, e que o COTAN e GETAN mudam apenas o “apelido” e a “farda”, a falta de preparo é tal qual um outro policial. Na escolha para integrar o GETAN e o COTAN, usa-se como critérios, aqueles que gostam mais de bater, os tidos mais “afoitos”, “destemidos” e que no final termina comendo a broca sozinha quando algum “processo é instaurado contra a sua pessoa”, perdendo inclusive por conta disso, alguma promoção dentro da própria corporação militar. Por tanto, o comando não é solidário quando o policial agride, mesmo que isso tenha ocorrido no trabalho. Um detalhe – Não há gratificação para ser do COTAN ou GETAN, recebe igual a qualquer outro policial. DESTACAMENTO POLICIAL – Geralmente para cidade de interior, o destacamento feito pelo comandante do batalhão atende ao pedido do Prefeito, dos Vereadores, ou de algum Deputado, e é destinado, de três a cinco policiais, uma viatura em estado final de uso, e sem nenhuma ajuda de custo. E os policiais passam a viver sob as azas do poder local, geralmente o Prefeito, a Câmara de Vereadores é quem mantém tudo na delegacia (?) Tem sido assim nas cidades do interior. PODER PARALELO – Ele ocorre quando o destacamento prende o meliante (bandido), que dependendo de que corrente política ele pertença, ás vezes não chega nem na porta da delegacia, o Vereador, o Prefeito toma o bandido das mãos da policia e se houver reclamação, ameaça de transferir o pobre do servidor publico da nossa segurança, o velho amigo policial, numa perda de sua autoridade humilhante.
DO BLOG - Nossos comandantes terminam por fazer das "tripas um coração" para manter a boa aparência e logicamente não desagradar aos seus superiores. "Ordens não se discute"...
A segurança pública é tão importante quanto a saúde. Um homem sem segurança é um doente em fase terminal... Comente...

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