De acordo com números da Central Única das Favelas (Cufa) 30 mil jovens de 12 aos 29 anos de idade são dependentes químicos em Fortaleza. No Ceará, esse número chega a 100 mil usuários da chamada "pedra maldita". Pelas estimativas de especialistas, como o psiquiatra Marcelo Fialho, somente o uso da pedra movimenta um mercado de R$ 5 milhões por dia no Ceará. Em Fortaleza, a soma alcança R$ 1 milhão diário. "O crack é barato, disponível e tem alto caráter de dependência. Sua ação é rápida e muitos consomem até 20 pedras por noite".
A disseminação da droga no Interior do Estado assusta até quem convive com a violência diariamente, como o caso do delegado de Iguatu, Agenor Freitas. Na avaliação dele, o baixo custo é o que mais influencia a rapidez da difusão do vício.No início do ano, a pedra pequena, segundo o delegado, custava R$ 3 e a grande, R$ 7. Hoje, a menor é R$ 5 e a maior, R$ 10. "O crack é a doença do mundo", sentencia. O problema se repete em outras cidades do interior cearense, como Crato, Juazeiro e Sobral. (informações da repórter LÊDA GONÇALVES - Jornal DN)