Petistas habituados a ver elefante voar, atribuem a Antonio Palocci o comando das cordinhas que fazem Gilberto Kassab mover-se como neogovernista.
Avaliam que a coisa caminhou bem até o momento em que o Planalto mostrava a Kassab a porta de entrada do PMDB.
Acham que a operação tornou-se perigosa na hora em que o chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff enfiou o PSB na jogada.
Recordam que o partido do governador pernambucano Eduardo Campos tem dois objetivos na vida: criar problemas para o PMDB e azucrinar o PT.
Realçam que o PSB participa de governos do PSDB em três praças de peso: São Paulo, Minas e Paraná. Sempre em contraposição ao PT.
Imaginam que, mais forte no Nordeste, a legenda de Eduardo Campos arma seus principais botes de 2012 no Sudeste e no Sul.
Intuem que, para 2014, a prioridade do PSB é desbancar o PMDB de Michel Temer da vice-presidência. Algo que eletrifica o condomínio pró-Dilma.
Receiam que, com a ajuda de Palocci, Kassab terminou se transformando num fio desemcapado.
Para evitar o curto-circuito, planejam aconselhar o governo a avançar no ‘Projeto Kassab’ apenas até o ponto que prevê a criação de uma legenda.
Nessa tática, o prefeito de São Paulo migraria do DEM para o novo PDB, dilaceraria a oposição e arquivaria, até segunda ordem, a idéia de fusão com o PSB.
Consumada a migração de Kassab, o Planalto tomaria fôlego, mediria o tamanho do novo partido e deixaria a coisa como está, para ver como é que fica.
Escrito por Josias de Sousa - Folha Online.
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