quarta-feira, 24 de agosto de 2011

APOSENTADO DORME NUM "CAIXÃO" TODA SEXTA FEIRA HÁ 25 ANOS EM HOMENAGEM A UM AMIGO.

Um aposentado de 60 anos, morador da cidade de Governador Valadares (MG), dorme religiosamente dentro de um caixão, localizado em um dos cômodos de sua casa, todas as sextas-feiras há 25 anos. 
O ritual, segundo Zeli Ferreira Rossi, originou-se em razão de pacto feito entre ele e um amigo. Pelo trato, quem morresse primeiro ganharia o esquife do sobrevivente. Rossi revelou ter recebido o ´presente´ do amigo por conta de boato sobre a sua própria morte, após um acidente.
´A minha esposa fica sem mim uma vez por semana´, disse Rossi antes de contar a sua história. ´Isso aconteceu há mais de 25 anos. Tive um acidente [foi atropelado por um carro], fiquei mais de três meses internado. Ele [amigo] estava em outra cidade e ficou sabendo que eu tinha morrido, porque houve tanta coincidência que tinha falecido uma pessoa na mesma época com o meu nome. Ele botou na cabeça que era eu´, revelou.
Rossi disse que, de imediato, tentou devolver o caixão à empresa responsável pela entrega da ´encomenda´, mas não obteve sucesso.
´Depois de 4 anos, esse amigo retornou a Governador Valadares e foi morto em uma briga de bar. Eu comprei um caixão novo, porque esse que recebi já não era mais novo, e mandei enterrá-lo´, relembrou. Em seguida, o aposentado contou ter passado a dormir no ´paletó de madeira´em razão de promessa feita para a localização do assassino do amigo.
A REAÇÃO DO POVO...
Apesar de o homem afirmar que os vizinhos já se acostumaram com a sua estranha predileção, o neto Otávio Martins Rossi, de 14 anos, diz que as opiniões são divididas em relação ao costume do avô. Segundo ele, os amigos de escola ´estranham´ a atitude do aposentado.
´Eles ficam com medo, acham muito estranho. Entre os vizinhos existem alguns que ficam com medo, outros não. Depende do tempo de convivência que eles têm com meu avô´, explicou.
O neto conta que, quando criança, o objeto no interior da residência o assustava muito. ´Quando era criança, eu tinha medo. Mas agora acabei me acostumando. Hoje já é uma coisa mais normal´, disse o estudante, que afirmou ajudar o avô na limpeza do ataúde.
Fonte: Globo.com

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