Um levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) revelou que o Ceará possui um índice médio de mortalidade materna de 78.5 por 100.000 nascidos vivos. O risco de uma mulher morrer de parto no Ceará é de quatro vezes superior ao preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de até 20 óbitos por 100.000 nv.
A média foi calculada a partir dos casos entre os anos de 1997 e 2010. O cálculo dos números nacionais, segundo o documento da Sesa, é um pouco abaixo do cearense, ficando em 74,8 óbitos por 100.000 nv. Porém, as pesquisas nas capitais brasileiras foram feitas entre os anos de 2000 e 2008.
Ainda de acordo com o levantamento realizado pela Secretaria de Saúde, entre janeiro e dezembro de 2010 o Estado do Ceará registrou 114 óbitos maternos - 26 em Fortaleza -, grande parte deles decorrentes de causas obstétricas diretas, resultando em 56 mortes, ou 49,1% do total.
A principal causa de morte representando 32.1% foi a Doença Hipertensiva Específica da Gestação, sendo a Eclâmpsia, Pré-eclâmpsia e a Hipertensão materna não especificada as principais patologias. Em segundo lugar aparecem as Síndromes Hemorrágicas Ante e Pós Parto, contribuindo com (21.4%) dos óbitos, seguido das Infecções Puerperais (10.7%) e o Aborto (7.1%), segundo a Sesa.
Fonte: DN
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