
Último ministro a votar até o momento, Gilmar Mendes disse que o aborto de fetos anencéfalos estaria compreendido entre as causas excludentes do Código Penal, pois leva riscos à saúde da mãe. "Não é razoável que se imponha à mulher esse ônus à falta de um modelo institucional para resolver essa questão.
"A confirmação da maioria veio após voto do ministro Carlos Ayres Britto. Os sete ministros favoráveis acompanharam a tese do relator, Marco Aurélio Mello, que entende que a mulher que optar pelo fim da gestação de bebê anencéfalo (malformação do tubo neural, do cérebro) poderá fazê-lo sem ser tipificado como aborto ilegal. Atualmente, a legislação permite o aborto somente em caso de estupro ou risco à saúde da grávida. Fora dessas situações, a mulher pode ser condenada de um a três anos de prisão e o médico, de um a quatro anos. Nos últimos anos, mulheres tiveram de recorrer a ordens judiciais para interromper esse tipo de gestação.
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