O PT abre hoje em Brasília, o seu 4º Congresso Nacional que vai aclamar no sábado a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), como a pré-candidata da legenda à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva. Os dirigentes petistas pretendem restringir ao máximo a possibilidade de questionamentos internos durante o evento, que deve aprovar diretriz de campanha submetendo todos os arranjos regionais do partido à estratégia nacional em prol da ministra.
DILMA - Ex-pedetista, filiada ao PT desde março de 2001, teve sua candidatura bancada diretamente pelo presidente Lula, de quem também foi ministra de Minas e Energia antes de assumir a Casa Civil, em 2005.
Ela fará no sábado, após a fala de Lula "a apresentando" como a candidata, o discurso final do congresso, que será encerrado com um show de Jorge Ben Jor.
O PT estima gastar R$ 6,5 milhões, o que inclui transporte e hospedagem de cerca de 1.350 delegados, mais convidados.
Nos documentos, o Partido dos Trabalhadores prega um fortalecimento no papel do Estado, o aprimoramento dos programas sociais e a manutenção das políticas de ajuste fiscal, entre outros pontos. O PT deixa claro que o objetivo de eleger Dilma "deve orientar todos os movimentos políticos", ou seja, candidaturas regionais da legenda podem ser sacrificadas. "Quem vai conduzir o processo da candidatura e das alianças é a Dilma. O próprio Lula diz isso", diz o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara.
"Será o congresso da unidade. Não teremos uma agenda negativa", disse o deputado José Genoino (SP), integrante do Diretório Nacional que toma posse no 4º Congresso.