domingo, 28 de agosto de 2011

"PREFEITO EM GREVE" FECHA ESCOLAS E POSTOS DE SAÚDE EM ALAGOAS. A GUERRA É DE PODERES.

O prefeito Marcos Lisboa, da cidade alagoana de Paulo Jacinto, a 116 km de Maceió, ligou o carro de som pela cidade, na sexta-feira (19), com um aviso aos vereadores: Se eles não aprovassem o pedido de suplementação orçamentária, iria “fechar a cidade”.
Como o pedido não foi aprovado, o prefeito entrou em greve.
Pois é, greve da Prefeitura: paralisou os serviços de atendimento à população. Creche, escolas e repartições públicas estão fechadas há cinco dias. E o posto de saúde só atende serviços de emergência.
A situação será discutida na câmara de vereadores, na próxima segunda-feira (29).
ENTENDA O CASO
O prefeito quer a aprovação, recusada pela Câmara, de um suplemento de R$ 8 milhões no orçamento da cidade - um acréscimo de 35%. "Parte dos serviços estão parados porque não temos orçamento para trabalhar", disse Lisboa.

O presidente da Câmara, Júnior Teixeira, discorda. "A gente só quer que o prefeito formalize as áreas para onde vai o dinheiro. Formalizando, colocamos em votação", afirmou.
O que chama a atenção é que o município de Paulo Jacinto, assim como 90% das cidades alagoanas, não depende de orçamento próprio para abrir escolas ou postos do PSF. Nesses casos, a verba vem do Tesouro Federal. Para a educação, os cofres da prefeitura receberam, neste ano, R$ 1,3 milhões do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), e R$ 346,8 mil para sustentar o Programa Saúde da Família.
O Ministério Público Estadual abriu investigação para apurar o assunto e pediu que o prefeito envie informações sobre a "greve". Na cidade, o povo pede o fim da briga. "Quem precisa de médico tem de ir para Maceió. Não tem nada aqui", lamentou o pedreiro José Araújo. "Os dois lados têm de sentar e resolver tudo isso", sugeriu a dona de casa Ilmar Vitorino.
Fonte: Terra.com.br

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