terça-feira, 18 de outubro de 2011

MINISTRO DO ESPORTE DIZ QUE ACUSAÇÃO É FALSA E RECEBE FORTE APOIO DA BASE ALIADA E ATÉ DE TUCANOS.

Brasília, 18 out (EFE).- O ministro do Esporte, Orlando Silva, acusado de corrupção por um ex-policial, recebeu nesta terça-feira forte apoio da base parlamentar do governo, enquanto a oposição exigiu sua renúncia após as alegações de novas provas.
Alvo de denúncias do ex-policial João Dias Ferreira feitas à revista "Veja", Silva prestou depoimento a uma audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.
Segundo a "Veja", Orlando Silva, do PCdoB, teria se beneficiado ilegalmente do programa Segundo Tempo, um projeto esportivo para atender crianças pobres. O projeto foi aplicado justamente no ano em que Silva assumiu o Ministério do Esporte, em 2006. Na época, o ministro fazia parte do governo Lula.
As denúncias da revista garantem que pelo programa houve um desvio de recursos de aproximadamente R$ 40 milhões, citando como fonte o policial João Dias Ferreira, correligionário de ministro no PCdoB.
Porém, Ferreira está detido desde 2010 por suspeitas de corrupção em uma ONG que dirigia. Detalhe: a ONG recebia recursos do Ministério do Esporte pelo mesmo programa citado, o Segundo Tempo.
O ex-policial militar afirmou à "Veja" que chegou a entregar pessoalmente a Silva parte do dinheiro de comissões que seria obrigado a pagar ao Ministério para se manter dentro do programa Segundo Tempo, o que foi negado novamente nesta terça-feira pelo ministro aos deputados.
"É a acusação de um bandido, que não tem prova alguma nem poderia ter, porque tudo é mentira", alegou o ministro.
A base governista afirma que a acusação de Ferreira seria motivada por "vingança", pois foi Silva quem ordenou a investigação da organização do ex-policial.
Deputados da oposição, por sua vez, afirmam que, antes da sessão conjunta desta terça-feira, tiveram uma com Ferreira, que lhes assegurou ter provas contundentes contra Orlando Silva.
Segundo o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), Ferreira fez um relato pavoroso sobre as supostas irregularidades no Ministério do Esporte, que de acordo com a reportagem da "Veja", custaram aos cofres públicos cerca de R$ 40 milhões.
ACM Neto não especificou, no entanto, quais seriam essas denúncias, e pediu que o Congresso convoque o ex-policial para prestar depoimento, o que foi recebido com gargalhadas pela maioria dos deputados da base governista.
"Se ele tem provas, o correto é que as entregue à Polícia, e não que as traga ao Congresso para um show político", declarou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Silva ressaltou que pediu a todos os organismos jurídicos do Estado e à Polícia Federal que investiguem cada uma das denúncias e ofereceu a quebra de seu sigilo bancário e telefônico.
A deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) desafiou o acusador que, "se tem algo a dizer, que vá à Polícia Federal, mostre as provas".
Silva é o quinto ministro acusado de corrupção desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o poder, em 1º de janeiro. As suspeitas de irregularidades já derrubaram os ex-ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo).
DO BLOG - Acho que esse policial está orientado por alguém. Ele é acusado de desviar através de uma ONG que dirige, um valor aproximado de 3 milhões de reais.
Fonte: Yahoo notícias.

Um comentário:

  1. Pronunciamento - Inácio Arruda: PCdoB não aceita calúnias

    "O ministro é pessoa honrada, honesta e não aceita calúnia; vamos reagir à altura dos caluniadores, podem esperar", afirmou em pronunciamento, na última segunda-feira (17/10), o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), ao defender o ministro do Esporte, Orlando Silva, que comparece hoje (18) à Câmara dos Deputados para esclarecer denúncias de que seria beneficiário em esquema de corrupção em convênios da pasta.

    Na oportunidade, Inácio denunciou a cassação dos mandatos comunistas, em 1948, “o que ainda falta ser restaurado. Deveremos brevemente fazê-lo, ao completar 90 anos de existência o nosso Partido. Roubaram aqui o mandato do Senador Luiz Carlos Prestes e roubaram o mandato também dos demais Deputados Federais do Partido, na Câmara Federal, em ato insano, recheado de calúnias”.

    Inácio Arruda disse que o próprio Orlando Silva já havia pedido, em 2010, tomada de contas especial sobre os convênios, enviando o processo ao Tribunal de Contas da União (TCU), que exigiu, segundo o senador, a devolução de R$ 3,6 milhões atualizados.

    A iniciativa do ministro teria motivado o policial militar João Dias a fazer agora as denúncias de corrupção no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

    Inácio Arruda disse que o PCdoB tem todo o interesse em esclarecer a denúncia que atinge o ministro, publicada na última edição da revista Veja. "Estamos à disposição, mas calúnias não aceitamos", disse o senador, ressaltando que o PCdoB é um partido antigo na política, que já enfrentou "todas as batalhas possíveis e calúnias".

    “Mais uma vez, a calúnia brota das páginas da revista, costumeira em fazer e agir dessa maneira, causando estrago na imagem das pessoas que não tem reparação”, afirmou.

    Em seu pronunciamento, Inácio insistiu que o ministro, ao encontrar irregularidades na pasta, pediu ressarcimento aos cofres públicos e por isso tem sido atacado.

    “O partido é muito zeloso, determinados órgãos da mídia brasileira não são, não resistiriam a uma tomada de contas, se for feito vira fumaça, desaparece. Se há alguém interessado em apurar é o PCdoB, mas os responsáveis pelas calúnias também vão pagar, não ficarão impunes”, concluiu.

    Orlando no Senado

    O senador Inácio Arruda e a senadora Vanessa Graziottin assinaram um requerimento solicitando a visita do ministro Orlando Silva à Comissão do Meio Ambiente para prestar esclarecimento sobre o assunto. A audiência está marcada para amanhã (19).

    Íntegra do pronunciamento

    Fonte: Agência Senado

    ResponderExcluir