Um dos policiais militares envolvidos na ação que resultou na prisão do
traficante Antônio
Bonfim Lopes, conhecido como Nem, diz que os homens que ajudavam na fuga do
criminoso chegaram a oferecer R$ 1 milhão de suborno para que eles fossem
liberados. Nem foi preso na madrugada de quinta-feira (10). Ele é apontado como
o chefe do tráfico de drogas da Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de
Janeiro.
“Primeiro, eles ofereceram R$ 20 mil, depois, R$ 1 milhão para liberarmos
eles”, contou o soldado Heitor, um dos agentes do Batalhão de Choque que abordou
o veículo usado na tentativa de fuga do traficante. Nem foi
encontrado no porta-malas do carro de luxo e preso com apoio da Polícia
Federal.
Ainda de acordo com o soldado, pouco depois da meia-noite, quando cruzavam a
região da Lagoa, também na Zona Sul, os homens pararam o carro, se aproximaram
dos policiais e tentaram negociar o suborno. “O [homem que se apresentou como]
cônsul ofereceu propina e nós não aceitamos. Chamamos a Polícia Federal, que é
um procedimento normal por ele ser cônsul”, contou o soldado.
Na manhã desta
quinta, a identidade do detido que teria se apresentado como diplomata ainda era
investigada pela polícia.
Segundo Heitor, após a PF chegar à Lagoa, o veículo foi revistado e Nem foi
achado no porta-malas. “A PF identificou o Nem de imediato. E o Nem não disse
nem uma palavra, não ofereceu resistência”, disse.
Nem e os outros suspeitos foram levados para a sede da PF, na Zona Portuária. O
delegado Victor Poubel, da PF do Rio, Nem ligou para a mãe e comunicou que havia
sido preso. "Ele mandou um recado para os filhos não faltarem às aulas", disse o
delegado. Segundo Poubel, o traficante deve ser transferido ainda nesta quinta
para o presídio de Bangu, na Zona Oeste.
Fonte: Globo.com
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